segunda-feira, 4 de maio de 2009

O bosque da donzela nua (de Alma Welt)

Na floresta que é meu bosque para mim
Desde guria eu vou pelas amoras
E pelas matinais aves canoras
E as de quando o dia chega ao fim.

Mas é de noite que sou a sua Infanta
E só eu tenho a coragem de adentrá-lo,
Que ao povo, há de sempre apavorá-lo
Aquela fadaria que me encanta.

Mas ali me viram com as lanternas
Como donzela nua e exangue
A escorrer meu mênstruo pelas pernas.

Pois é essa a ousadia que perpetro,
E gerou a lenda de um espectro
Que mancha os cogumelos de seu sangue.

05/12/2003

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