sábado, 7 de novembro de 2009

O Sonho do casarão (de Alma Welt)

À meia-noite o sonho começava
Após a badalada derradeira,
Como doze golpes numa aldrava
De outra grande porta de madeira

Que não a do próprio casarão
Mas do castelo em festa, revelado,
Que há aqui mesmo no sobrado
E que emerge das sombras do porão

Lá onde as garrafas dormem cheias
E esperam, cada vez mais preciosas
Um novo tempo de vinhos e de rosas

Que só ocorrerá no mesmo sonho
Pois o Tempo suspenso tece teias
Que enredam o real reino tristonho.

(sem data)

Nenhum comentário: