A cada dia descubro nova face
Do meu próprio enigma na vida,
Mas se a alma gosta de disfarce
A inteireza está comprometida.
Não sou uma, sou muitas, isso dói,
Embora faça viver intensamente.
Viver somente a vida como soe
Já não pode acalmar a minha mente.
Então amo, escrevo e vivo em dobro
Nos cenários desta e de outras vidas,
Sempre a fugir do Grande Ogro,
Um cavaleiro negro e embuçado
Que perpetra no escuro as investidas,
Pois nunca mostra a face o nosso Fado...
(sem data)
sábado, 12 de dezembro de 2009
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Canção sinistra (de Alma Welt)

A Peste- de Arnold Böcklin 1827-1901
Canção sinistra (de Alma Welt)
Chegamos ao fim, não tem mais jeito,
O mundo se acabou e já o vemos,
O Mal é o burgomestre ou o prefeito,
O caos se instalou e é o que temos.
Corram, corram, amigos desta aldeia
Aí vêm do tirano os quatro esbirros,
Foices já não brilham e a cara feia
Respingadas pelo sangue nos espirros.
Um corvo ali crocita no patíbulo
Mas a madrugada ainda teremos,
Vamos todos juntos ao prostíbulo.
Dancemos, cantemos e bebamos
A manhã por certo não veremos.
Ah! A vida foi tão breve e já nos vamos...
17/01/2007
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O Eterno Cavaleiro- Litografia de Guilherme de Faria
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