Alma e o lobo- óleo s/ tela de Guilherme de Faria, 2006, 150x150cm
"Amo vagar assim pelo meu bosque,
Mas, vede, por um lobo acompanhada
Até a cercania de um quiosque
Sobre o qual eu deveria estar calada
Pois ali fui por ele possuída
Em noite de prazeres e mistérios
Que me puseram, então, desfalecida
Em lances e perigos muito sérios...
E agora sou a branca dama errante
Nas noites derradeiras deste outubro
Que os peões tacham de infamante
Cogitando atear fogo na floresta
Quando a dama aquecida for ao rubro
Em tão lupina, escura e antiga festa"...
31/10/1999
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