Diante da casa detive meu cavalo
E notei que continha não memórias,
Mas ninharias que não foram pelo ralo
Do tempo a escorrer as suas horas...
Dei rédeas ao meu pingo e retornei
Pois prefiro os espectros com que privo
Ainda que um pareça um morto vivo,
O Valentim, cuja saga já contei...
Pois bem: no seu pescoço ainda deixa
Um resto da corda que o sustenta
Para a toda a eternidade dos perdidos.
Mas posso conviver com sua queixa
Enquanto o coração ainda agüenta
Os lamentos, o pranto e os gemidos...
17/04/2005
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