É tão oculto e raro o ambiente
Que se faz necessário ao cozimento
Da polpa das horas com a semente
De poesia, na alma em fogo lento.
E depois de decantar e arrefecer
Deixar fermentar por muitas horas
Antes que vás servir e oferecer
Mas evitando fazê-lo às senhoras,
Pois esta bebida não foi feita
Para a mente fraca ou leviana,
Nem pra ociosos pés-de-cana...
Esse licor é claro, forte, mas sutil,
E nasceu com Deméter, da colheita,
Detentora do alambique e do funil.
(sem data)
Nenhum comentário:
Postar um comentário