
Ofélia ou A morte de Alma Welt- óleo s/tela de Guilherme de Faria, 100x140cm, coleção Fernando Carrieri, SP, Brasil
Ele me espera, eu sei que morrerei
Sob a face do meu lago, tão serena.
Aqui eu fui feliz como nem sei,
Aqui eu mergulhei desde pequena.
Sou a Yara nua do meu poço:
Aqui fui cobiçada em minha pureza
Fui ali tomada com rudeza,
E continuo pura, sem esforço.
Nada tive que cobrar da natureza,
Nada tenho a reclamar do meu destino...
Sou Alma, a poetisa, e sou a mesma
Guria branca de gênio sonhador
Cuja vida haverá de ser um hino
À beleza, à liberdade e ao amor!
01/01/2007
Um comentário:
Olá querida Lúcia, finalmente vim para conhecer o novo blog de Alma, bem ao estilo fantástico, que não nego, é o meu preferido! Até o layout de fundo escuro ficou lindo. Neste poema, em especial, Alma se coloca como se pertencesse a outro mundo, onde não houvesse empecilhos para os sentimentos. No entanto, ao mesmo tempo em que escrevia o poema, ela sabia que os tais "empecilhos" eram necessários para a lapidação da alma humana... Beijos.
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