Não sendo afinal tão transparente,
Por puro gosto do mistério e do oculto,
Nichos secretos guardei na minha mente
E sempre acompanhada por um vulto,
Não que seja o Mal ou coisa assim,
Nem mesmo eu diria ser a “sombra”
Porquanto sua presença não me assombra
Embora não também um serafim.
Mas a musa Erato, mais que ninfa,
Ou a bela Psiqué... então princesa,
Que é do meu pomar a própria linfa.
Uma forma-pensamento da Beleza,
O verso conclusivo e mais profundo,
Minha Anima, Welt, que é o Mundo.
(sem data)
Nota
Soneto descoberto esta manhã na Arca da Alma, e que me parece uma verdadeira "chave" para a comprensão do universo da grande poetisa universal do Pampa.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
terça-feira, 6 de abril de 2010
O olhar do Poeta ( de Alma Welt)
Tudo merece verso, nada escapa
Ao abraço amplo da Poesia
Que é tão somente a antiga capa
Que as coisas e os seres envolvia
No tempo das brumas e mistérios,
Quando envolto em névoas de magia
Vagava o ser por entre eremitérios
Buscando o que o Graal esconderia.
O Cálice, agora já o sabemos,
Está entre nós em quase tudo
Que o olhar desvela quando vemos.
Mas ver ainda é segredo do Poeta,
Pois que o vulgo tem o olhar mudo,
Sem o Todo e o Sacro como meta...
12/08/2005
Ao abraço amplo da Poesia
Que é tão somente a antiga capa
Que as coisas e os seres envolvia
No tempo das brumas e mistérios,
Quando envolto em névoas de magia
Vagava o ser por entre eremitérios
Buscando o que o Graal esconderia.
O Cálice, agora já o sabemos,
Está entre nós em quase tudo
Que o olhar desvela quando vemos.
Mas ver ainda é segredo do Poeta,
Pois que o vulgo tem o olhar mudo,
Sem o Todo e o Sacro como meta...
12/08/2005
O que é a Alma (de Alma Welt)
Ter um olhar claro sobre o mundo
Foi sempre o meu maior escopo.
Verde nos meus olhos, claro e fundo...
Quanto a julgamento: nem um pouco.
Buscando restaurar os tons primevos,
Em meio à uma bruma retornada
De tempos difíceis, medievos,
Entre trevas e a aurora anunciada...
Não mais me diz respeito a ninharia,
As falhas do meu tempo, a ignorância.
Viver como se o mundo a compreendia
Eis mesmo o que de si foi esperado
Por aquela que não conheceu ganância
E aguarda da Beleza o seu primado...
(sem data)
Foi sempre o meu maior escopo.
Verde nos meus olhos, claro e fundo...
Quanto a julgamento: nem um pouco.
Buscando restaurar os tons primevos,
Em meio à uma bruma retornada
De tempos difíceis, medievos,
Entre trevas e a aurora anunciada...
Não mais me diz respeito a ninharia,
As falhas do meu tempo, a ignorância.
Viver como se o mundo a compreendia
Eis mesmo o que de si foi esperado
Por aquela que não conheceu ganância
E aguarda da Beleza o seu primado...
(sem data)
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