quinta-feira, 28 de julho de 2016

O Vulto noturno (de Alma Welt)

Eu só pedi poesia e jamais "ouro"
Quando o vulto prometeu ao meu ouvido
Um tributo para o meu cabelo louro
E eu do sono expulsei o atrevido...

"Sou rico!" de manhã o irmão gritava
Mostrando de dinheiro uns grandes maços.
E eu, guria, um soneto lhe mostrava,
No meio da euforia dos abraços...

"De onde veio toda essa dinheirama?",
Curiosa, perguntei ao meu irmão,
Já que os dias passava em sua cama...

Ele: "Me veio um rei de enigmas no sono,
E o nome lhe pedi da minha paixão.
Gritou: "Ouro!" E ajoelhei ante seu trono..."
.
27/07/2016
Nota
Percebe-se que Alma e seu irmão foram visitados durante o sono, na mesma noite, por um vulto maligno, tentador. Alma não caiu na armadilha, mas Rôdo, sim...