O soneto é partitura do meu dia
E contém as notas, timbre e tom
De um andante meu na pradaria,
Dispondo se o concerto será bom.
Mas ao primeiro acorde inusitado
Regerei meu dia entre visões
E propensa a consultar o Fado,
Maestro verdadeiro... de ilusões.
Vê, o primo verso em tom saudoso
Já me arrasta em vã melancolia
Pelo longo adágio do meu dia...
Mas de minha sinfonia inacabada
O patético “finale maestoso”
Há de compor-se ao termo da jornada.
(sem data)
Nenhum comentário:
Postar um comentário