Nas sombras cristalinas do meu bosque
Eu andei desde pequena solitária
E aprendi a ver as fadas num quiosque
E a rainha em sua forma vária
Que me chamava assim ao seu convívio
Pra me ensinar as coisas encantadas,
Longe da aridez e do oblívio
Das almas em que elas são negadas.
E eu ainda hoje me admiro
Do paradoxo da negação de tantos,
Já que à própria alma sobra encantos
Apesar de estar no mundo camuflada
A refletir no corpo quase nada,
A não ser num olhar e num suspiro...
09/11/2005
Nota
Por minha vez encantada, acabo de encontrar este soneto encantador da Alma em sua Arca inesgotável de inéditos. Este soneto me parece que já nasceu como um "clássico"...
(Lucia Welt)
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