Vaga a vaga lua após as chuvas
No meu pampa como barca solitária,
Nave fantasma, revolta e passionária
Em farrapos sobre mar das minhas uvas.
Então saio pro jardim, vou ao vinhedo
Ao encontro da nave que me anima
A deixar-me lunar em seu segredo
Para saber o fim que me destina
Pois com meus alvos braços estendidos
Para o alto clamo a indagação
De quais os meus sinais e seus sentidos
E antes que a clareza se me esvaia,
Meus joelhos dobram e vou ao chão
Enquanto a lua pálida desmaia.
08/01/2007
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