Levanto-me ao ouvir os sons da noite
Que aos outros parecem inaudíveis,
Não de grilos e sapos, sons tangíveis
Do Tempo, onde quer que ele se amoite
Pois de dia se evaporam e exalam
Sob o azul que quer só o presente
Ao vento das campinas onde calam
Os talos do capim que se ressente.
E como os que estiveram deste lado
Eu me vejo desde uma outra infância
Auscultando os sussurros do passado
E a verter das noites para os dias
As vozes gravadas à distância
No silêncio destas velhas pradarias...
(24/05/2006)
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