Ser a musa eternizada do meu pampa!
Cantar, celebrar e endoidecer
De tanto amar até saltar a tampa
Do coração e da mente, e então morrer!
Nua, estranhamente, sobre a mesa
Estendida me vejo, uma manhã:
Um desfile silencioso me corteja
De peões, peonas e algum fã.
Mas olho o meu corpo de alabastro,
Absurdo e belo ali, e não à toa
Eu noto algo nele que destoa:
Sobre a alvura do pescoço bailarino
Uma faixa vermelha como um rastro
Da corda que selou o meu destino...
03/01/2007
Um comentário:
Lúcia, os sentimentos, algumas vezes em desalinho (assim como acontece com todos nós) lhe abriam portas para perigosas dimensões... Em seu poema, Alma se coloca estendida em meio ao caos. É curioso como ela falava através da poesia... Beijos. Voltarei.
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