(para minha falecida mãe, Ana Morgado Welt)
(11)
Entre Alegrete e Livramento
Bem perto do Rosário do meu Sul
Está uma espécie de convento
Com as janelas pintadas de azul.
Eis o casarão da minha infância
Que ainda hoje me vê flores colher
E levantar-me de noite com constância
Para com os vagalumes me entreter,
Logo despindo a camisola fina
Para branca me lunar enquanto choro
A vagar nua pela minha colina
Até ouvir a voz que herdei de Ana
Qual fora o triste espectro canoro
De minha bela mãe... a Açoriana!
15/12/2006
Nenhum comentário:
Postar um comentário