sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Soneto dos Amores Idos (de Alma Welt)

Amores idos vêm durante a noite
Como bando de falenas no meu sonho
E esperam que em seus vôos eu me afoite
E siga-os ao seu vale tristonho

Onde vagam sonânbulos no exílio,
Perdidos qual cometa em Branca Via
Ou como aquele um, pródigo filho
Que espera ser mimado todavia.

E eu os acolho no meu seio
E a cada um consolo, ai de mim!
Que a mim mesma consolo nunca veio...

E a todos eu garanto o meu amor
Que nunca do meu peito (ah! que dor)
Apagarei, fiel que sou até o fim!

27/11/2006

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