Este casarão que chora e geme
Nas noites desta estância tão sofrida
É agora o companheiro da minha vida
Como um barco à deriva já sem leme.
E não parece dirigir-se ao futuro
Mas arrastado em voragem de retorno
Ao porto de partida junto ao muro
Que separa o jardim do prado em torno,
Ali onde o nó foi enterrado
Com que enforcou-se o Valentim
Que era o vero estancieiro despojado,
Que perdeu pro meu avô a sua estância
Em que esta branca Alma vem porfim
Viver a sua busca e sua ânsia...
15/01/2007
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