sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Soneto da Alma nadadora, ou A nereida dos pampas ( de Alma Welt)

Meu Pampa, oceano dos amores
Que me viram infanta nua nestas plagas,
Singrando entre as ervas, entre as flores
No jardim ou nas coxilhas como vagas

Que minh'alma nadadora acompanhava
Com o olhar e o coração mergulhador,
Imersa que ao nascer já me encontrava
Nas ondas de um mar encantador...

Aqui nesta soleira estou sentada
Como atenta salva-vida numa praia
A olhar o horizonte que desmaia,

Ou sonhando qual nereida num rochedo,
Que é esta casa-grande naufragada
Num mar de fantasia e engano ledo.

28/11/2006

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