Contemplativa mais a cada lua,
Tomada por estranha nostalgia
Me ponho na varanda qual coxia
De um palco onde o coração atua.
E me vejo qual Ofélia coroada
De flores, entoando um triste canto
Mais veemente que o perdido pranto
Para morrer de mim tão afogada!
E nem falta o príncipe, qual seja:
Hamlet dos pampas, ah! tão puro,
Que como monja e amante me deseja.
Não direi a tragédia com que arca,
Que sendo irmão caminha sobre o muro
Dos fantasmas desta bela Dinamarca...
28/11/2006
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