quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

O punhal nas águas (de Alma Welt)

Com meu Rôdo como sempre mergulhei
No poço da cascata esta tarde
E nas águas transparentes encontrei
Um punhal de prata de "compadre",

E o mano diz ser lance muito antigo
Que fazia um "gaucho de honor"
Que tivesse sido salvo por amigo
Cuja arma tivera mais valor.

E lembrei-me então da narrativa
De um velho boiadeiro meu vizinho
De como o pai deixara a vida ativa

Por ter ficado eterno devedor
De um que de seu filho era padrinho,
E salvara de si mesmo em dor de amor.

(sem data)

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